Modelo de contratação de motoristas deve mudar no Brasil, aponta ILOS

 Modelo de contratação de motoristas deve mudar no Brasil, aponta ILOS
Envelhecimento da categoria e baixa entrada de jovens acendem alerta para o futuro da profissão.

Segundo pesquisa do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), o modelo brasileiro de contratação de motoristas de caminhão deve passar por mudanças nos próximos anos. A queda na quantidade de profissionais jovens e o envelhecimento da categoria indicam a necessidade de adaptação do setor.

Em 2024, apenas 4,11% dos motoristas têm até 30 anos, enquanto 11,05% já passaram dos 70. Para Mauricio Lima, sócio-diretor do ILOS, o principal desafio está na renovação da força de trabalho, comprometida pelo atual modelo, baseado no motorista autônomo que arca com a compra do caminhão. “Isso deve ficar cada vez mais raro”, afirma.

A tendência, segundo Lima, é de que as empresas passem a investir diretamente nos veículos e contratem os motoristas como empregados. Esse modelo já é adotado em algumas regiões, principalmente no interior.

Nos últimos dez anos, o número de motoristas de caminhão caiu 20%: de 5,5 milhões em 2014 para 4,4 milhões em 2024. Lima destaca que a saída da profissão não é o problema, mas sim a dificuldade de atrair novos condutores.

Apesar da queda no número de motoristas, a frota segue em crescimento. Em 2024, o Brasil licenciou 120 mil novos caminhões, com alta líquida de 65 mil veículos. “Não há gargalo na oferta de veículos, mas a preocupação está na disponibilidade futura de motoristas”, conclui.

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Foto: Freepik

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