Ultracargo faz inspeção inédita com robô em tanques de inflamáveis
Empilhadeiras a combustão preocupam em ambientes fechados

Emissão de CO₂, riscos à saúde e sanções legais impulsionam migração para modelos elétricos.
O uso de empilhadeiras a combustão em locais fechados tem gerado alerta entre especialistas em saúde, meio ambiente e logística. Equipamentos movidos a diesel emitem até 7.920 gramas de CO₂ por hora, enquanto empilhadeiras elétricas, especialmente as com bateria de íon-lítio, não produzem esse tipo de poluente durante a operação.
Segundo a Norma Regulamentadora nº 11 (NR-11), do Ministério do Trabalho, é obrigatório que veículos industriais só operem em ambientes fechados com ventilação adequada. A norma visa evitar a concentração de gases tóxicos, como o monóxido de carbono (CO), que é inodoro e altamente prejudicial à saúde. O descumprimento pode resultar em intoxicações e penalidades legais.
Humberto Mello, diretor da Tria Empilhadeiras, destaca que ainda há empresas que desrespeitam as regras. “O uso de empilhadeiras a combustão em locais sem ventilação adequada contraria as normas e coloca vidas em risco”, afirma.
Além dos riscos à saúde, há impactos ambientais e jurídicos. Empresas que descumprem a legislação podem enfrentar multas, processos trabalhistas e ações civis públicas. Com o aumento da fiscalização, os prejuízos potenciais se tornam mais expressivos.
A adoção de empilhadeiras elétricas é vista como alternativa viável e estratégica. O mercado global desse tipo de equipamento deve crescer 7,5% ao ano até 2029, impulsionado por fatores como eficiência energética, baixo ruído e ausência de emissão local. No Brasil, até maio de 2023, esses modelos representavam 57% da frota, contra 44% no ano anterior.
A demanda por soluções elétricas acompanha o avanço do e-commerce e da automação nos centros de distribuição. Para Humberto Mello, a transição vai além da sustentabilidade: “Trata-se de uma medida de segurança, saúde e conformidade”, conclui.
#logística #segurança #meioambiente #empilhadeiras #trabalho
Foto: Divulgação