Desconhecimento de riscos eleva custos das operações logísticas
Desconhecimento de riscos eleva custos das operações logísticas

Sensores de proximidade de pedestres podem reduzir risco de acidentes em até 80%
Segundo pesquisa da FTI Consulting, mais de 200 conselheiros de empresas de capital aberto nos EUA, 80% dos executivos identificam a cadeia de suprimentos como uma ameaça significativa, mas menos de 10% das empresas estão priorizando ações efetivas para mapeá-la em 2025. A AHM Solution, referência em soluções para gestão de riscos logísticos, alerta que o desconhecimento sobre gestão de riscos em operações pode levar a elevados custos – que vão desde acidentes de trabalho e indenizações trabalhistas, até perda de produtividade, multas e danos à reputação.
Casos reais comprovam como a gestão de riscos podem evitar esses custos. Um exemplo é o uso de sensores de proximidade entre empilhadeiras e pedestres, em operações de movimentação e armazenagem de materiais – também conhecidas como atividades de intralogística. A plataforma HIT NOT, que identifica a presença de transeuntes em um raio de até 30 metros, tem reduzido em até 80% o risco de acidentes, promovendo ambiente mais seguro e econômica operacional.
“O custo de cada acidente vai muito além da lesão física: envolve ações trabalhistas, indenizações, multas, queda de produtividade e mancha à reputação corporativa, muito difícil de ser recuperada”, afirma o CEO da AHM, Afonso Moreira. “Com o uso de sensores de proximidade, podemos identificar as chamadas situações de quase acidente, e, por meio da gestão desses dados, adotar medidas preditivas, preservando a integridade física de pessoas e cargas, e evitando prejuízos”, completa.
Combinando uma metodologia personalizada de auditoria contínua – Risk Assessment – e sensoriamento em tempo real, a AHM desenvolve projetos que já foram aplicados com sucesso em armazéns ou áreas operacionais onde há interações entre máquinas e pedestres, com risco de acidentes.
O CEO Afonso Moreira destaca ainda que os acidentes geram ainda despesas com assistência médica e eventuais necessidades de reformas no local. “Mas é nas ações judiciais e indenizações que os custos escalonam”, aponta.
Soma-se a isso a perda de produtividade, com paralisações e necessidade de reestruturação operativa. “E não menos relevante: a cada multa por descumprimento de normas (como NR 11 e NR 29), diminui-se a competitividade e agrava-se a imagem da empresa frente aos clientes e ao mercado”, afirma Afonso.
O executivo aponta outros custos que podem ser evitados ou reduzidos com um programa de gestão de riscos: prêmios de seguro de responsabilidade civil e de frota, à medida que o histórico de acidentes melhora; multas por não conformidade com normas de segurança e queda de confiança no ambiente de trabalho.
Diante disso, Moreira convoca os executivos a deixarem de encarar a gestão de riscos como um “item burocrático” e passarem a tratá-la como fator estratégico e econômico. “Em um cenário em que custos invisíveis podem corroer vantagens competitivas, a adoção de ferramentas como o risk assessment aliada a tecnologias de monitoramento se traduz em economia real, conformidade regulatória e proteção de reputação”, conclui.
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