IoT via satélite avança entre transportadoras

 IoT via satélite avança entre transportadoras
Tecnologia permite rastrear cargas e monitorar rotas remotas sem cobertura celular.

A conectividade via satélite tem impulsionado a adoção da Internet das Coisas (IoT) por pequenas transportadoras e empresas que operam em áreas remotas. Com sensores simples e prontos para uso, é possível rastrear ativos, acompanhar condições climáticas e garantir a integridade das cargas, mesmo onde não há rede celular.

Essas soluções vêm se tornando cada vez mais acessíveis, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs) do setor logístico em regiões rurais e interestaduais. A tecnologia elimina a necessidade de infraestrutura local, como torres ou redes privadas, e funciona com baixo consumo de energia, até mesmo com pilhas convencionais.

Dados da Grand View Research indicam que o mercado latino-americano de IoT via satélite movimentou US$ 50,2 milhões em 2024 e deve alcançar US$ 122,2 milhões até 2030, com crescimento médio de 16,2% ao ano. No Brasil, o crescimento estimado é ainda maior: 18,6% ao ano, saindo de US$ 11,5 milhões em 2024 para US$ 31,8 milhões em 2030.

As PMEs lideram esse movimento, usando conectividade satelital como alternativa viável diante das limitações da cobertura celular tradicional. A abrangência global e o baixo custo operacional tornam essas soluções práticas desde o primeiro dia, sem a necessidade de eletricidade no local ou manutenção constante.

Oscar Delgado, diretor de vendas da Myriota para a América Latina, afirma que ainda há desconhecimento entre empresários sobre a simplicidade atual das soluções. “Hoje já existem dispositivos que funcionam por anos com pilhas AA e vêm prontos para se conectar via satélite.”

Setores como agricultura, petróleo e gás, energia e gestão ambiental também têm adotado sensores remotos. Com eles, é possível, por exemplo, monitorar níveis de água, tanques de gás e variáveis ambientais de forma constante, permitindo respostas mais rápidas e decisões mais precisas.

Os dispositivos construídos com componentes comerciais prontos (COTS) facilitam a implementação. A tecnologia dispensa ajustes técnicos e funciona mesmo em locais sem qualquer conectividade prévia. Isso permite, por exemplo, que agricultores acompanhem a umidade do solo remotamente, sem deslocamentos ao campo.

Soluções como o FlexSense, da Myriota, oferecem conectividade satelital integrada e permitem que empresas testem e implementem projetos de IoT de forma imediata. A escalabilidade é outro ponto forte: os negócios podem começar com poucos dispositivos e expandir conforme necessário, sem investir em redes próprias.

Essa evolução torna viável a digitalização de operações para empresas de todos os tamanhos, com foco em eficiência e economia.

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Foto: Divulgação

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