Cinco desafios logísticos no mercado de distribuição de TI

 Cinco desafios logísticos no mercado de distribuição de TI
Distribuidoras lidam com barreiras que vão da infraestrutura ao pós-venda no Brasil.

No setor de tecnologia, empresas de distribuição enfrentam barreiras logísticas significativas para manter a competitividade. Com operações em estados como São Paulo e Bahia, a WDC Networks, que atua em segmentos como telecomunicações, cibersegurança e infraestrutura de redes, superou cinco grandes desafios para fechar 2024 com R$ 840 milhões em receita líquida. A empresa aposta em agilidade nos processos internos e em centros de distribuição regionais para atender com eficiência um país de dimensões continentais.

Entre os principais obstáculos está a escassez de mão de obra qualificada, especialmente para funções operacionais como motoristas e ajudantes. Apesar do crescimento na oferta de cursos técnicos e superiores, ainda há desinteresse por essas funções essenciais para a cadeia logística.

Outro ponto crítico são as dimensões continentais e as desigualdades regionais. Com a demanda concentrada no Sudeste, a WDC precisa garantir prazos competitivos a partir do Nordeste. A empresa investe em processos internos ágeis e na parceria com transportadoras para garantir entregas em até 72 horas. Em 2025, abriu um novo centro de distribuição em Itajaí (SC), com foco na Região Sul e no estado de São Paulo, o que reduziu o tempo de entrega para 48 horas.

A infraestrutura de transporte também é limitada. Cabotagem e ferrovias não atendem bem às necessidades da companhia, que lida com produtos fracionados. Já o transporte aéreo ainda depende do apoio rodoviário para as etapas finais da entrega.

A centralização da indústria e da demanda no Sudeste impõe um desafio adicional. Segundo a WDC, é mais simples enviar grandes volumes para São Paulo do que montar cargas fechadas para regiões com menos pedidos, como o Norte e Nordeste. Esse desequilíbrio exige controle rigoroso da operação.

Por fim, a logística reversa no atendimento pós-venda demanda esforço extra. O suporte técnico da WDC começa com orientações remotas, mas pode exigir o recolhimento e retorno de produtos para análise e conserto. A extensão territorial e as diferenças regionais tornam esse processo ainda mais complexo.

Segundo a ABOL (Associação Brasileira de Operadores Logísticos), o mercado logístico no Brasil, com receita bruta de R$ 192 bilhões, vive diferentes realidades conforme a região. A distribuição de tecnologia, em especial, exige soluções adaptadas para garantir eficiência, qualidade e confiança.

Como destaca Juranilson Santos, diretor de Logística da WDC: “Cada entrega leva a reputação da empresa. Por isso, logística precisa ser estratégica.”

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Foto: Freepik

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